Em algum momento da minha vida, não muito distante, eu já tive pena de mim mesma e sofria dessa tão incoveniente autocomiseração. No entanto, comecei a trabalhar em mim a assertividade e a resolução de tomar atitudes que mudaram minha vida. E são minhas atitudes que mudam a minha vida e me definem. Não fico mais esperando tudo se resolver como que por um passe de mágica, mas parto pra luta. Não fico mais reclamando de mim ou de todos.
E hoje me deparei com um pequeno texto sobre autocomiseração. Lá vai:
Muro das lamentações - por Rafael Spengler
Conheço, e certamente todos conhecem, pessoas intencionalmente sofredoras — não falo daquelas vitimadas por alguma perda relevante, enlutadas, ou ainda aquelas que têm sofrimentos esporádicos. Falo, sim, daquele tipo de pessoa que conta ao mundo seus sofrimentos, os mais terrenos, como que pedindo que tenham pena de si. Situação constrangedora e embaraçosa, capaz de tornar uma boa conversa em uma ocasião desagradável.
Convenciona-se chamar a isso autocomiseração, isto é, a compaixão pelas próprias desgraças. Não sei se há um que de “pensamento católico”, em que o sofrimento constante abriria as portas do paraíso, mas tenho certeza de que é uma atitude ultrapassada e infeliz. Particularmente, tem sido cada vez mais difícil suportar pessoas que agem dessa forma.
Afinal, problemas todos temos. A forma como os encaramos, no entanto, é que faz toda a diferença — e, geralmente, as sofredoras convictas são aquelas pessoas que não fazem absolutamente nada para mudar da situação desestimuladora de que se lamentam. Ou, no máximo, fingem que fazem, daí o porquê do sucesso de Paulo Coelho e afins…
Longe de me lamuriar, tomo algumas atitudes — no caso dessas companhias, basta o isolamento (que nada tem a ver com aquele). Porém, antes procuro incentivar a mudança, estimular a evolução. Todavia, quando o auxílio não é bem-vindo, bem, o sofrimento é merecido.
http://www.rafaelspengler.com.br/blog/tag/autocomiseracao/
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