Trata-se do VIOLES - laboratório de pesquisa do Departamento de Serviço Social da UnB. Há um núcleo que desenvolve pesquisas sobre meninos de rua que sofrem abuso ou exploração sexual. O objetivo do projeto é ministrar oficinas para meninos de rua e também fazer um levantamento de dados sobre o assunto.
Confesso que no conmeço pensei que não iria dar conta do recado, mas acabei mudando meus pensamentos e tenho orgulho por ter dado uma pequena contribuição ao projeto. Concluí que a sociedade civil é também responsável por esses meninos - cada um de nós! E é pouco ficar reclamando do governo: temos que fazer a nossa parte também.
Segue abaixo uma reportagem que fala sobre projeto:
UnB Agência |
Projeto do Laboratório Violes, formado por professores e alunos de Serviço Social, e UnB Idiomas atende 22 estudantes
Segundo a coordenadora do projeto, Maria Lucia Leal, “articular a ciência com o saber popular é a base de projetos como esse”. Para ela, as aulas não apenas oferecem às crianças a oportunidade de aprender uma língua nova. O contato com os pesquisadores ajuda esses jovens a compreender os próprios problemas e superá-los.
Ao mesmo tempo em que os alunos são objeto de pesquisa, ganham voz e conhecimento para exercer sua cidadania. “Queremos compreender, participar e transformar”, afirma a professora Claúdia Bertolini, da Escola de Meninos e Meninas do Parque da Secretaria de Educação.
A iniciativa de ensinar inglês para as crianças carentes faz parte de uma pesquisa realizada pelo Violes com jovens em situação de risco. Criado em 2008, por causa de denúncias de exploração sexual de adolescentes na Rodoviária do Plano Piloto e no Setor Comercial Sul, o grupo coleta dados sobre a situação das crianças de rua por meio de intervenções sociais. Além disso, o Violes também organiza atividades educativas.
REIVINDICAÇÕES - A proposta de um curso de inglês partiu dos próprios alunos que participam das oficinas do Violes. “Eu fui o primeiro a pedir para a Lúcia colocar inglês no programa”, diz Diogo (nome fictício), um dos melhores alunos da sala.
“Aprendemos o nome de animais e as letras do alfabeto”, comenta o aluno depois do segundo dia de aulas. O menino de 16 anos é morador de rua e participa de várias atividades promovidas pelo Violes, como as oficinas de hip hop.
Para a professora de inglês, Ariane Cieglinski, 34, “os alunos estão evoluindo bastante”. Voluntária do projeto, ela colaborou também na compra dos materiais. Com o apoio financeiro da UnB Idiomas, ela foi para as ruas escolher o material didático da criançada. “Eu me identifico com iniciativas como essas”, diz a docente.As aulas de inglês começaram no dia 7 de agosto e vão até dezembro. A ideia do Violes e da UnB Idiomas é oferecer também um curso de espanhol. A próxima oficina oferecida pelo Violes aos adolescentes será de contação de histórias.
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