terça-feira, 30 de novembro de 2010

Love hurts


Uma das piores dores que alguém pode sentir não é física. A dor de amor é, ao mesmo tempo, a pior dor e também a mais modificadora. Quando achamos que ela não vai mais estar conosco, lá avistamos a dor de amor a nos espreitar... 

Tolos somos nós que um dia chegamos a acreditar que a dor de amor teria partido e que nunca mais voltaria. Ela apenas hiberna e não morre como gostaríamos. E se esse período de hibernação for muito longo, ela volta mais forte - pronta para nos atacar, sem tomar conhecimento de nosso pobre coração.

E por que um dia chegamos a pensar que ela tinha partido, para bem longe, para nunca mais voltar? Afinal de contas, estar vivo é correr o risco de vislumbrar essa dor - pelo menos uma vez na vida! É estar sempre vulnerável ao amor e seus demônios (ou ainda podemos ter aquela visão romântica dos cupidos, tão rechonchudos, singelos e inofensivos?!?!).

Além disso, a dor de amor pode despertar em nós uma tristeza que beira as raias da breguice. E ao pensar nisso, lembrei de uma música dos anos 80. O título não poderia ser mais alegórico.

Love Hurts - Nazareth (Boudleaux Bryant / Felice Bryant) 

Love hurts, love scars, love wounds' and most
Any heart not tough or strong enough
To take a lot of pain, take a lot of pain
Love is like a cloud, it holds a lot of rain
Love hurts, oh, oh love hurts

I'm young, I know, but even so
I know a thing or two, I learned from you

I really learned a lot, really learned a lot

Love is like a flame it burns you when it's hot
Love hurts, oh, oh, love hurts

Some fools think of happiness, blissfulness, togetherness
Some fools fool themselves, I guess
They're not foolin' me
I know it isn't true, I know it isn't true
Love is just a lie made to make you blue

 
Love hurts, oh, oh love hurts
Oh, oh, love hurts



Embora essa dor não seja algo agradável e muito menos suportável, ela também desempenha um papel crucial em nossas vidas: a função de nos tornar mais fortes e mais atentos em relação a quem entregamos - de bandeja - nosso coração. A dor de amor é algo inevitável que nos encontra um dia - queiramos ou não. Ela não depende de nossa própria vontade para existir ou para cessar de existir. Ela vem sem avisar e vai embora enxotada pelo nosso amor próprio e auto-determinação.

Well, espero que a próxima visita dessa Senhora Dor de Amor não seja tão em breve, já que é preciso se recuperar, curar as feridas, antes de sofrer um novo ataque.

Um comentário:

  1. Essa dor é inevitável passarmos, mas significa que estamos vivos..É uma experiência tão dolorosa que nos tira o ar , parece que nos falta um pedaço, mas é importante para o nosso crescimento.. e essa música... me trouxe muitas lembranças boas....

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