quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Samba-Canção

Gosto sempre de dizer que sou feminina e não feminista radical. E hoje me deparei com um texto que transmite exatamente essa minha ideia.

Ele está publicao no blog Samba-Canção e foi postado por Johnny Saint-Claire.
Enjoy the reading !





Quando os homens precisam aprender a serem mais mulheres e as mulheres mais homens

Veja bem: ninguém aqui está levantando bandeira GLS ou fazendo apologia ao homossexualismo, ok? Quando digo que os homens têm de aprender a ser mulher, quero dizer que faz diferença – principalmente na relação — o fato de entender as conquistas femininas. Tudo isso que salta aos nossos olhos diariamente e fingimos (alguns, claro) não enxergar. Em contrapartida, as mulheres não conseguiram até hoje entender os motivos de terem alcançado todas estas metas e propósitos que levantam, principalmente, com a bandeira da liberação sexual. É muito mais do que isso.

A partir do momento em que vocês, mulheres, passaram a trabalhar, ter seu dinheiro e sua independência em relação ao homem, desde que suas vozes foram ouvidas na sociedade para os mais diversos assuntos, o momento em que vocês puderam sentar em um bar, sozinhas, para tomar um chop sem serem chamadas de mulheres da vida ou promíscuas ou prostitutas. Vocês roubaram nossos empregos e passaram a mandar na gente. Onde já se viu? Hoje vocês até gozam, meninas! Depois disso, vocês causaram um redemoinho na cabeça masculina. Acabou a segurança do homem machão, aquele que acha que tem de sentar na mesa e esperar o prato de comida quente servido pela mulher. Que recebe sua roupinha passada e engomadinha porque é uma das obrigações da minha mulher. Até mesmo o pronome possessivo “minha” deixou de ser empregado depreciativamente. Não há mais posse (graças a Deus, não?).

Assim como o homem enlouqueceu, vocês, meninas, estão cada vez mais fora da casa. Literalmente. Algumas, por essa bandeira exacerbada do feminismo, buscam viver como o protocolo deste clubinho manda e se dão mal. Vivem as mais diversas loucuras da vida, o aproveitar e curtir, como gostam de chamar, o tempo vai passando, vocês vão aprendendo que a vida dá muita porrada e que isso tudo é muito pior do que viver com e para um marido, e começam a colocar na cabeça que está na hora de casar. Ter filhos. Construir uma vida a dois. Ou seja, voltam para onde começaram. Ou onde vieram. A única diferença é que estão tão rodadas quanto seu futuro marido. O “como antigamente” não existe mais: estão todos iguais. E algumas são e ficam superfelizes de terem transado muito ou até mais que o homem que têm em casa. Por que essa loucura toda? Simplesmente porque não aprendemos a curtir de verdade as conquistas de (sermos) homens e mulheres.

O trabalho dela faz com que as contas da casa diminuam, eu posso trabalhar menos, chego em casa mais cedo que ela, faço a janta para esperá-la. E por quê não um jantar à luz de velas? Celebrar o fato de ela ser chefe na empresa em que trabalha mesmo enquanto você ainda é um peão de  fábrica? É difícil para alguns, eu sei. Dói no ego. Filhos: a única exclusividade da mulher é amamentar. Sensacional, não? Poder curtir todos os passos e aprendizados que o crescimento de uma criança traz para uma pessoa e não esperar que a mulher faça tudo, cuide de tudo, limpe tudo, oriente tudo. E depois quando algo dá errado, a culpa é dela ou “desse teu filho”. E o que é pior: ela faz tudo isso e depois você ainda quer que ela tenha disposição para você transar.

Da mesma forma ela passa a querer humilhar o homem a partir da liberdade que esse mundo sem medidas passou a dar. Cumplicidade? O que é isso? Pelo artigo dois do manual das feministas eu tenho de ser eu mesma. Não posso dar bola para o que ele pensa e me ajuda a ser ou fazer. É o meu jeito. Afinal, não preciso dele para nada. Eu tenho amigas: a Val, a Malu, a Cacau… se eu precisar, elas estarão prontas para me ajudar, me levantar, me indicar o caminho a seguir. A cartilha continua ensinando, ensinando, ensinando. E muitas seguem em uma vida de aparências achando que isso realmente é uma vida.

Abram seus olhos, homens e mulheres. Peguei apenas fatos bobos do cotidiano. Poderia ter ido a fundo em questões sentimentais, mas como são exclusivas, não o fiz. A vida a dois é muito mais que sexo, curtição e viver experiências fora (do que realmente é) a realidade. Vai chegar a hora do acerto de contas e talvez você não tenha um centavo para oferecer, sequer, ao manobrista da vida.

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