Quando repenso minha vida, vislumbro um amor não vivido. Esse amor que não vivi pode ter sido responsável pelo momento em que me encontro agora? Há sempre um "se" na esquina, me olhando, com ares de quem gostaria de ter existido.
Então, aparece também a Dona Culpa, na outra esquina da mesma rua. E ela me diz: sou toda tua! E não consigo mais ter paz de espírito, com a seguinte frase martelando minha cabeça: "A culpa é toda minha! Não soube aproveitar a oportunidade que aquele amor me mostrava". Porém, pensando melhor, a culpa não foi minha, não foi de ninguém.
Simplesmente, as coisas não aconteceram e não posso carregar comigo esse sentimento pelo resto de minha vida. Fiz tudo que podia fazer e não tinha como ser diferente. Sendo assim, não vou mais me culpar por não ter vivido aquele amor.
E deixo esse peso para trás, aguardo em paz aquilo que vier: um amor ou um desamor! Vejo agora que sou apenas uma pequena peça nesse universo e nem tenho tanto poder assim para mudar minha vida nesse campo.
E ainda acredito que possa viver um amor: não sei como, não sei quando, não sei quem! E tenho certeza que, por esse amor, vou sentir coisas diversas - mas terei a oportunidade de vir a sentir novamente!!!
E termino esse post com um poema de Pablo Neruda, que fala de um amor - vivido e sempre vivido novamente!
Não te quero senão porque te quero
Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Talvez consumirá a luz de janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Talvez consumirá a luz de janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.
Ariane:
ResponderExcluirAs escolhas que fizemos no passado e as opções do presente são o caminho que decidimos trilhar. Os caminhos abandonados ficaram para trás e não temos como sabê-los. As comparações não são possíveis. Não vivemos o que poderia ter sido, então só podemos fantasiar. Aquilo que de fato vivemos e aquilo que somos agora é experiência real. Bom aproveitar a vida com aquilo que temos e podemos ter, com o que somos e podemos ser. seja feliz!