Para ser grande, sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.
Ricardo Reis, 14/02/1933
Minha amiga Ariane: Linda a frase da poetisa, que muito de sua alma copiou em folhas de de papel. E também do que sentia sobre o mundo que via através de sua janela; e das coisas que considerava sobre as pessoas que conhecia e com que conversava; e também dos modos de ser que observava transformarem-se no correr dos tempos. Ver, ouvir, sentir e considerar. Nem sempre todas juntas e nem sempre todas nessa ordem. Há o que se vê, o que é sentido, memórias que ficam, saem e voltam. Que despertam em nós o deslumbramento, o senso do numinoso, de maravilha e do encantamento sem que haja o que possamos considerar ou conjecturar. Já houvi dizer que todas as transformações pelas quais passamos ao longo da existência, também chamadas de ritos de passagem, exigem coragem e desprendimento. A coragem para seguir em frente, e encontrarmos o novo eu em seu ponto de equilíbrio. O desprendimento para abandonar tudo o que faz parte do velho eu. Quando essas passagens são abruptas, podem ser doloridas. Passar, mais uma vez, pelo caminho estreito que conduz à nova vida. Sentir as pedras machucando os pés sabendo que devemos prosseguir. Nesses momentos, a solitude, o estar consigo mesmo, um certo isolamento voluntário ajuda muito a entender o que está acontecendo conosco. Tudo isso está na imagem que você anexou a este "Quote of the Day". Bela e profunda imagem, emoldurada pela imensidão do mar. Grande abraço. Post Scriptum: Hoje sinto-me como se já houvesse vivido uns oitocentos anos.
Minha amiga Ariane:
ResponderExcluirLinda a frase da poetisa, que muito de sua alma copiou em folhas de de papel. E também do que sentia sobre o mundo que via através de sua janela; e das coisas que considerava sobre as pessoas que conhecia e com que conversava; e também dos modos de ser que observava transformarem-se no correr dos tempos.
Ver, ouvir, sentir e considerar. Nem sempre todas juntas e nem sempre todas nessa ordem. Há o que se vê, o que é sentido, memórias que ficam, saem e voltam. Que despertam em nós o deslumbramento, o senso do numinoso, de maravilha e do encantamento sem que haja o que possamos considerar ou conjecturar.
Já houvi dizer que todas as transformações pelas quais passamos ao longo da existência, também chamadas de ritos de passagem, exigem coragem e desprendimento.
A coragem para seguir em frente, e encontrarmos o novo eu em seu ponto de equilíbrio.
O desprendimento para abandonar tudo o que faz parte do velho eu.
Quando essas passagens são abruptas, podem ser doloridas. Passar, mais uma vez, pelo caminho estreito que conduz à nova vida. Sentir as pedras machucando os pés sabendo que devemos prosseguir.
Nesses momentos, a solitude, o estar consigo mesmo, um certo isolamento voluntário ajuda muito a entender o que está acontecendo conosco.
Tudo isso está na imagem que você anexou a este "Quote of the Day". Bela e profunda imagem, emoldurada pela imensidão do mar.
Grande abraço.
Post Scriptum: Hoje sinto-me como se já houvesse vivido uns oitocentos anos.