quarta-feira, 28 de julho de 2010

Fernando Pessoa


Quando falo em Língua Portuguesa, impossível não falar de Fernando Pessoa. Para mim, o maior poeta da Língua Portuguesa. E digo com letra maiúscula mesmo já que nossa língua é uma das belas e sonoras do mundo.

Uma vez, quando estava na Dinamarca, me deparei com pessoas conversando em uma língua supersonora e melódica e achei que era a minha língua. Nossa! O coração saiu pela boca já que eu estava há 6 meses ouvindo várias línguas e falando inglês - e até memso já pensando na língua dos vikings. Me empolguei e fui chegando perto do grupo: qual foi minha supresa! Não era português... Eles falavam em russo.

Sendo assim, pensei comigo: uma língua está aquém da gramática, fonética, fonologia, dentre outras coisas. Uma língua remete um à sua origem, ao seu país, à sua cultura! E realmente senti isso na pele quando longe estava daqui. Quão linda é nossa língua cheia de meandros e exceções às regras!

E me remeto imediatamente a Fernando Pessoa! Ele traduz o nosso idioma com maestria singular. Querido para mim e quase íntimo, Fernando divide comigo várias angústias em seus heterônimos. No entanto, tenho um preferido.

Alberto Caeiro é considerado o mestre de todos os heterônimos de Fernando Pessoa. Nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida no campo. Não teve profissão, nem educação quase alguma, só instrução primária; morreram-lhe cedo o pai e a mãe, e deixou-se ficar em casa, vivendo de uns pequenos rendimentos. Vivia com uma tia velha, tia avó. Morreu tuberculoso.

E aqui está um de seus tantos poemas:

"Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento,
Assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade.

Mas, como a realidade pensada não é a dita mas a pensada,
Assim a mesma dita realidade existe, não o ser pensada.
Assim tudo o que existe, simplesmente existe.
O resto é uma espécie de sono que temos,
Uma velhice que nos acompanha desde a infância da doença."

Finalmente, gostaria de postar aqui o site de onde tirei o poema. O site é muito completo:

http://www.insite.com.br/art/pessoa/


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